O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas comerciais "recíprocas" de 10% contra o Brasil. A afirmação foi feita durante coletiva na tarde desta quarta-feira (2).
“Brasil. Dez por cento, dez por cento”, afirmou Trump enquanto exibia um cartaz com uma lista de países, destacando os supostos valores das tarifas atualmente aplicadas por algumas nações e aquelas que, segundo ele, passarão a ser cobradas pelos EUA.
O Brasil será alvo da menor tarifa prevista pelos EUA na nova ofensiva contra parceiros comerciais, conforme o anúncio de Trump.
O republicano detalhou, ainda, as demais tarifas recíprocas que serão cobradas dos países que cobram taxas de produtos norte-americanos importados. Segundo Trump, as tarifas recíprocas serão metade das alíquotas cobradas por outros países. Além disso, os EUA imporão uma alíquota mínima de 10% aos seus parceiros comerciais.
"Os números são tão desproporcionais, são tão injustos. Ao mesmo tempo, estabeleceremos uma tarifa mínima de 10%. [...] Isso será para ajudar a reconstruir nossa economia e prevenir fraudes", afirmou. "As nações estrangeiras finalmente serão convidadas a pagar pelo privilégio de acesso ao nosso mercado, o maior mercado do mundo."
Trump fez um discurso agressivo ao justificar as medidas. "Os EUA não podem continuar com a política de rendição econômica unilateral, não podemos pagar o déficit de outros países. Nós pagamos por tudo, eles é que têm que pagar, e nós temos que cuidar do nosso povo. Estamos defendendo o trabalhador americano", disse.
Dessa forma, o Brasil não aparece entre os principais alvos das novas tarifas de Trump. A China, por exemplo, será submetida a uma taxa de 34%, sob a alegação de que impõe tarifas de 67% aos produtos norte-americanos. Já a União Europeia, segundo Trump, será taxada em 20%, em resposta aos 39% que cobraria dos EUA.
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