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Anvisa aprova registro de vacina contra chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan

Anvisa aprova registro de vacina contra chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan

Em uma decisão histórica para a saúde pública nacional, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (14) o registro da primeira vacina contra a chikungunya desenvolvida no Brasil, pelo Instituto Butantan. O imunizante, fruto de anos de pesquisa e colaboração internacional, representa um avanço significativo no enfrentamento da doença, que afeta milhares de brasileiros todos os anos.

A vacina é indicada para a prevenção da febre chikungunya em pessoas a partir de 18 anos. Segundo o Instituto Butantan, ela demonstrou alta eficácia e segurança nos ensaios clínicos realizados em diversas regiões do país, inclusive em áreas endêmicas da doença.

“A aprovação da Anvisa é um passo essencial para que possamos iniciar a produção em larga escala e distribuir a vacina por meio do SUS. Nosso objetivo é proteger a população mais vulnerável e evitar novas epidemias”, afirmou Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.

A febre chikungunya é causada por um vírus transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e do zika vírus. A doença provoca sintomas como febre alta, dores articulares intensas e fadiga, podendo deixar sequelas por meses em alguns casos.

Com a aprovação da vacina, o Brasil se torna um dos primeiros países do mundo a ter um imunizante nacional contra a chikungunya. A expectativa é que a produção comece ainda em 2025, com prioridade para regiões com maior incidência da doença.

A Anvisa destacou que a análise do pedido de registro seguiu todos os critérios de segurança, eficácia e qualidade exigidos para vacinas. A decisão foi unânime entre os diretores da agência.

Especialistas em saúde pública comemoraram a aprovação. “É uma vitória da ciência brasileira e uma demonstração da capacidade do país de desenvolver soluções inovadoras para os seus próprios desafios epidemiológicos”, comentou a infectologista Rosana Richtmann.

O Ministério da Saúde ainda irá definir o cronograma de incorporação da vacina no Programa Nacional de Imunizações (PNI), mas já sinalizou que pretende utilizá-la como estratégia de prevenção em áreas de maior risco.



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