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Malafaia diz que Bolsonaro "errou estupidamente" em SP e nega ser 'bolsominion'

Malafaia diz que Bolsonaro "errou estupidamente" em SP e nega ser 'bolsominion'

O pastor Silas Malafaia voltou a criticar abertamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela postura adotada durante o primeiro turno das eleições municipais de 2024.

Em entrevista ao Estadão Conteúdo nesta terça-feira (8), Malafaia classificou como "dúbio" o comportamento do ex-mandatário em relação às eleições para as prefeituras de São Paulo e Curitiba, onde Ricardo Nunes (MDB) e Eduardo Pimentel (PSD) buscam a reeleição com apoio do PL e possuem candidatos a vice de suas chapas ligados ao partido do ex-presidente.

"Entra nas redes sociais de Bolsonaro e dos filhos dele. (Durante) Toda a campanha, não teve uma palavra de apoio ao Nunes. É como se a eleição de São Paulo não existisse. Que conversa é essa? Bolsonaro é um líder e eu continuo apoiando ele, mas errou estupidamente", disparou Malafaia. Ele ainda acrescentou: "Que líder é esse? Sinal dúbio para o povo? Líder toma frente, líder dá a direção."

Apesar das críticas, Malafaia reiterou seu apoio a Bolsonaro em entrevista à coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles. “Continuo apoiando o Bolsonaro, o maior líder da direita. Não vou julgá-lo definitivamente por um ato errado. Ele tem uma história. Ele continua tendo meu apoio. Só que eu não sou bolsominion. Só que eu não sou alienado, sou aliado de primeira hora. Ninguém, nesses dois últimos anos, defendeu tanto Bolsonaro e se arriscou tanto por ele quanto eu. Tenho muita moral para falar”, declarou.

Ao mesmo tempo, o pastor ressaltou a importância de ser crítico, mesmo com os aliados. "Se a gente é severo com a esquerda, se temos caráter, temos que ser sinceros (também) com aquilo que a gente apoia", afirmou. "Eu não deixei de apoiar Bolsonaro e de ter consideração por ele. Tenho tanta consideração que estou falando a verdade."

Em uma outra entrevista, desta vez ao jornal Folha de S.Paulo, Malafaia também subiu o tom, classificando a atitude de Bolsonaro e de seus filhos como "covarde" e "omissa" por não apoiarem enfaticamente os candidatos do PL que concorrem em São Paulo e no Paraná. "Quem vai fazer aliança com um cara que não é confiável? O que ele fez em São Paulo e no Paraná foi uma vergonha", disparou.

O descontentamento do pastor se soma ao debate sobre a atuação de Bolsonaro e seu clã nas eleições municipais, gerando tensões entre seus aliados. Em resposta às críticas, Fábio Wajngarten, assessor e advogado do ex-mandatário, disse que "roupa suja se lava em casa, e não em público" e que "Bolsonaro fez o que tinha que ser feito, no momento certo, e foi decisivo para o cenário em São Paulo".



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