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Estado da Paraíba lidera número de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS no Nordeste em 2024

Estado da Paraíba lidera número de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS no Nordeste em 2024

A Paraíba lidera o ranking de cirurgias bariátricas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Nordeste em 2024, totalizando 592 procedimentos, conforme dados do Tabwin e do Sistema de Informações Hospitalares do Datasus, até 16 de outubro. A modalidade é uma das cirurgias do rol do Programa Opera Paraíba, que vem ampliando o acesso às cirurgias eletivas em todo o estado. O procedimento de cirurgia bariátrica é um dos tratamentos realizados no combate à obesidade.

Ainda de acordo com informações fornecidas pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), até o último mês de julho, o SUS havia realizado 539 cirurgias bariátricas, superando os planos de saúde, que contabilizaram 443 procedimentos até agosto. Em destaque nesse avanço, está o Hospital de Clínicas de Campina Grande, que realizou 226 cirurgias, das quais 184 foram gastroplastias com derivação intestinal. Na sequência, estão a Maternidade Frei Damião, que realizou 184 cirurgias bariátricas, e o Hospital do Servidor Edson Ramalho com 82 cirurgias. Esses números posicionam a Paraíba à frente de estados como Pernambuco, com 128 cirurgias, e Ceará, com 89, reafirmando o impacto do programa Opera Paraíba na ampliação do acesso a procedimentos, consolidando o estado como líder na realização de cirurgias bariátricas no Nordeste em 2024.

Um dos grandes avanços do Opera Paraíba está na regionalização dos serviços, com a oferta de cirurgias de alta complexidade no Sertão do estado. Isso permite que pacientes realizem os procedimentos com o mínimo de deslocamento, facilitando o acesso e aproximando o tratamento adequado para uma população que antes precisava se deslocar até a capital. Além das cirurgias bariátricas, as cirurgias eletivas de outras especialidades como ginecológicas, pediátricas, gerais, ortopédicas, entre outras, vêm sendo realizadas na rede estadual, do litoral ao sertão, promovendo a interiorização do atendimento especializado.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Ari Reis, o programa tem um impacto positivo no tratamento de diversas patologias. “O Opera Paraíba não só ampliou o acesso às cirurgias, mas também oferece suporte completo aos pacientes, incluindo acompanhamento nutricional e psicológico, que são essenciais para quem enfrenta o desafio da obesidade”, explicou. Ele também destacou que o programa contribui para a redução de doenças crônicas e melhora a qualidade de vida dos pacientes, além de otimizar o funcionamento do sistema público de saúde.

Entre os pacientes beneficiados pelo programa está Larissa Mendonça, de 29 anos, natural de João Pessoa. Ela enfrentou uma longa jornada em sua luta contra a obesidade, que começou na infância. Após anos de tentativas para realizar a cirurgia bariátrica, Larissa finalmente teve acesso ao tratamento por meio do Opera Paraíba. “Depois de entrar no Opera Paraíba, em quatro meses eu já estava pronta para a cirurgia. Foi a melhor decisão que tomei, a obesidade me acompanhou e me machucou por anos. Agora, cada dia é uma luta que vale a pena”, compartilha Larissa, que realizou a cirurgia na Maternidade Frei Damião neste ano.

O processo inicia na Unidade Básica de Saúde (UBS), onde um clínico geral avalia se o paciente atende aos critérios, como índice de massa corporal (IMC) e condições associadas. Se necessário, é emitido um laudo para consulta com um cirurgião bariátrico pelo sistema de regulação estadual (SISREG). O sistema estadual prioriza o atendimento baseado na gravidade do quadro e nas condições clínicas do paciente. Com todas as avaliações concluídas, o paciente pode ser considerado apto e aguarda ser chamado pelo procedimento na unidade mais próxima. Os que desejam fazer a cirurgia pelo SUS, mesmo os atendidos em consultórios particulares, devem iniciar o tratamento pela UBS. O tempo total entre a consulta e o acompanhamento pode levar de 4 a 6 meses. Após a cirurgia, o paciente continua em monitoramento, com consultas periódicas, para garantir a recuperação e o sucesso do tratamento.

O médico responsável pelas cirurgias bariátricas na Maternidade Frei Damião, Dr. João Sucupira, menciona a cirurgia bariátrica como uma ferramenta essencial não só para o controle da obesidade e suas comorbidades, como diabetes e hipertensão, mas também para transformar a vida dos pacientes, promovendo inclusão social e profissional. “A cirurgia oferece uma nova chance para esses pacientes, melhorando sua qualidade de vida e abrindo portas no mercado de trabalho”, afirmou. Ele também reforçou a importância da prevenção desde a infância, promovendo hábitos saudáveis para evitar que o problema se agrave no futuro. A equipe multidisciplinar, que acompanha os pacientes antes e depois da cirurgia, foi outro ponto ressaltado como fundamental para o sucesso do tratamento.

Para participar do programa é necessário que o usuário tenha indicação cirúrgica e encaminhe os exames e documentos necessários à secretaria de Saúde de seu município ou realize o cadastro no site operaparaiba.pb.gov.br.



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