José Dirceu (Foto: Reprodução/YouTube/TV PT Bahia) |
O ex-ministro José Dirceu (PT) confirmou que pretende voltar ao cenário político brasileiro, mas ressaltou que uma decisão sobre uma eventual candidatura só ocorrerá no final de 2025. “Isso vai depender muito das circunstâncias em 2025. Apenas por justiça, eu acho que eu mereço voltar para a Câmara dos Deputados. Sofri uma cassação política. Fui preso 3 vezes na Lava Jato, e os processos são kafkianos. Espero que sejam anulados para que eu possa voltar a ter meus direitos políticos”, disse Dirceu nesta terça-feira (2) em entrevista ao jornalista Jamil Chade, do UOL. Nesta terça, o ex-ministro esteve no Congresso, pela primeira vez em 19 anos, para participar de uma sessão solene em defesa da democracia no Brasil.
Segundo Dirceu, em um primeiro momento, é preciso se “concentrar em 2024. Fazer o Brasil crescer e disputar as eleições (municipais), com os melhores resultados possíveis para o PT, para seus aliados e para o governo Lula. Em 2025, o PT tem seu congresso, que vai mudar sua direção, vai fazer um balanço dos últimos anos. Depois, no segundo semestre de 2025, eu vou avaliar se sou candidato. Participar da vida política do país eu sempre participei. E, até lá, eu preciso ainda conseguir a anulação ou absolvição dos processos políticos e sumários que fui submetido”.
Na entrevista, Dirceu destacou que não será candidato sem antes discutir o assunto com a cúpula do partido. “Eu não vou ser candidato sem antes conversar. Vou conversar com o PT, com a direção do partido e, se for o caso, com o próprio presidente Lula. Vou também conversar com todos aqueles que me apoiam”. “Já fui deputado estadual e federal, ministro. Não tenho pretensão alguma de voltar ao governo aos 80 anos de idade. Posso contribuir fora do Parlamento. Mas posso também ir para o Parlamento”, completou.
O ex-ministro também disse ter sofrido pressões para que delatasse o presidente Lula no âmbito da Operação Lava Jato. “Fui submetido a tudo para que eu delatasse. Tudo o que foi feito comigo era para que eu delatasse o Lula. No powerpoint (apresentado por Deltan Dallagnol), só tem um nome além de Lula: o meu”, afirmou.
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