A bancada do PSOL apresenta nesta segunda-feira (10) ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados uma representação contra o deputado Eduardo Bolsonaro. A iniciativa parte do líder da bancada, Guilherme Boulos, após as falas do filho do ex-presidente durante um ato pró-armamentista no último domingo, em que ele comparou professores a traficantes de drogas enquanto criticava o Ministério da Justiça.
Para Boulos, esse comportamento é inadmissível. “É sintomático que essa declaração venha daqueles que passaram quatro anos destruindo a educação e combatendo o papel dos professores na sociedade brasileira. Não podemos normalizar esse tipo de fala repugnante vinda da escória. Felizmente, para o azar do deputado e de todos os demais milicianos, hoje o Brasil tem governo – e não mais um bando de gângsteres passeando de motocicleta. Por isso, seguiremos trabalhando para valorizar os professores”, declarou.
URGENTE! Vamos entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Bolsonaro.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) July 10, 2023
Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune!
Durante o ato, Eduardo Bolsonaro afirmou que “não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez o professor doutrinador seja pior”.
Ele também fez críticas à CPI que investiga os atos antidemocráticos do 8 de janeiro. “Na CPI do 8 de janeiro, vi pró-armas recebendo um ataque e pessoas tentando vincular o pró-armas ao 8 de janeiro. Sabe o que isso significa? Que vocês estão fazendo um excelente trabalho”, incitou o deputado ao público, que se manifestava defendendo mudanças na legislação do país relacionadas ao porte e à posse de armas.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, já anunciou que a Polícia Federal vai analisar a fala de Eduardo Bolsonaro especificamente para apurar eventuais incitações ou apologias a crimes.
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