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Hospital Metropolitano realiza o segundo transplante de coração de 2023

Hospital Metropolitano realiza o segundo transplante de coração de 2023

O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), realizou nesta semana mais um transplante de coração, pondo fim a um período de dificuldades enfrentado por Suelio Silva de Melo, de 57 anos, devido à insuficiência cardíaca. Vale salientar que a ação só foi possível graças à decisão da família de autorizar a doação de órgãos de um homem de 34 anos, que sofreu morte encefálica após um acidente que resultou em um trauma crânio-encefálico (TCE).

“Eu só tenho a agradecer a todos que me ajudaram desde o começo, principalmente a família deste doador, para a qual eu desejo todas as bênçãos do mundo”. Estas foram as frases que Suelio Silva disse na noite da segunda-feira (17), minutos antes de entrar no bloco cirúrgico para ser submetido ao transplante cardíaco, o segundo feito no Hospital Metropolitano em 2023.

Suelio passou apenas um mês e meio na espera de um novo coração, mas foi um período difícil de agravamento da doença dele, com visitas constantes ao hospital e incremento na dosagem de remédios. A espera dele terminou quando, em João Pessoa, uma família de um homem de 34 anos que sofreu morte encefálica após um acidente que resultou em um trauma crânio-encefálico (TCE) disse sim para a doação de órgãos.

A doação foi feita no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, e além do coração para Suelio, também foram doados o fígado, o rim esquerdo e as córneas. O início da captação dos órgãos foi por volta das 21h e toda a logística da entrega até os hospitais transplantadores contou com apoio da Central Estadual de Transplantes, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Rodoviária Federal.

Enquanto o coração novo de Suelio era retirado no Trauma, no Metropolitano, a equipe já aguardava para o momento do implante. A cirurgia durou mais de cinco horas, terminando no início da manhã dessa terça-feira (18) e, apesar de acontecer sem intercorrências, foi mais complicada do que as demais, pela condição do paciente.

“Suelio já tinha sido operado do coração há alguns anos e seu quadro de saúde evoluiu para uma doença chamada insuficiência cardíaca, que fez com que o coração dele não tivesse mais capacidade de bombear o sangue pelo corpo. Então, apesar de ser uma cirurgia tecnicamente mais difícil do que a dos outros dois pacientes que também implantamos um coração, ela transcorreu bem e agora o paciente se encontra em recuperação, sendo acompanhado por cardiologistas clínicos especializados em conduzir um pós-operatório de transplante cardíaco”, explicou o cirurgião cardiovascular Antônio Pedrosa.

A diretora-geral do Hospital Metropolitano, Louise Nathalie, destacou a importância de oferecer um procedimento tão complexo como o transplante cardíaco em um hospital do SUS. “Nosso Hospital é 100% SUS e a importância é macro. Nós assistimos o paciente desde o diagnóstico, até o pré-operatório, a realização do procedimento e o pós-operatório, ou seja, o paciente não fica perdido na rede pública. Também quero ressaltar a importância do sim da família que autorizou a doação, apesar de estarem passando por um momento difícil, essa decisão alcançou quatro ou mais famílias que aguardavam a chegada destes órgãos. Doar órgãos é dor de vida!”, expressou a gestora.

Para o diretor-superintendente da PB Saúde, Luiz Gustavo César, a realização cada vez mais contínua de transplantes representa o resultado dos esforços de todos que fazem a gestão da fundação e do hospital. “A PB Saúde foi fundamental em ter uma estrutura de gestão que permite a capacitação contínua de seu corpo clínico e a monitorização adequada para estes pacientes. Essa capacidade de gerenciamento, de estudos clínicos e de recursos impactou positivamente para o sucesso do transplante”, diz.

Segundo o gestor, a tendência é de que o número de transplantes só aumente, conforme o sucesso de todos os procedimentos já feitos. “O transplante cardíaco é difícil, complexo, que exige uma equipe experiente e madura, além de uma infraestrutura hospitalar adequada. Já realizamos três procedimentos desde a habilitação do Metropolitano e isso só mostra o quanto nossa equipe, a equipe do Governo do Estado, da Secretaria de Estado de Saúde e da Central Estadual de Transplantes está comprometida em cuidar da saúde de todos os paraibanos”.

Sobre o Metropolitano: O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires é referência em cardiologia e neurologia e recebeu o credenciamento para realização do transplante cardíaco em junho de 2020. Desde então, foi implantado na unidade o Ambulatório de Transplante, para atendimento a pacientes candidatos ao procedimento. Além do transplante em adultos, o Metropolitano tornou-se o 5º hospital público do país habilitado para fazer transplante de coração pediátrico. Em 26 de março de 2022, a unidade hospitalar realizou o primeiro transplante cardíaco 100% SUS pela Paraíba. O paciente beneficiado foi um homem de 60 anos, que recebeu um novo coração de um jovem de 20 anos. Em janeiro de 2023, foi realizado o segundo transplante, em um paciente de 47 anos, que teve alta em menos de um mês.



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