A Câmara dos Deputados aprovou, por 469 votos a 17, em segundo turno, o texto-base da PEC do estado de emergência (PEC 15/22), que permite o governo Jair Bolsonaro (PL) gastar por fora do teto de gastos mais R$ 41,25 bilhões até o fim do ano, distribuindo dinheiro em pleno ano eleitoral – o que é inconstitucional, segundo juristas.
O governo poderá ampliar benefícios sociais, como o Auxílio Brasil, e conceder ajuda financeira a caminhoneiros e taxistas, assim como ampliar a compra de alimentos para pessoas de baixa renda e diminuir tributos do etanol.
A PEC Eleitoral institui um estado de emergência até 31 de dezembro de 2022. Com o estado de emergência, pode-se ultrapassar o Teto de Gastos instituído pelo presidente Michel Temer (MDB).
O texto aprovado prevê que os R$ 41,25 bilhões serão usados até o fim do ano para a expansão do Auxílio Brasil (R$ 26 bilhões) e do vale-gás de cozinha (R$ 1,05 bilhão); para a criação de auxílios aos caminhoneiros e taxistas (R$ 5,4 bilhões e R$ 2 bilhões); para financiar a gratuidade de transporte coletivo para idosos (R$ 2,5 bilhões) e para compensar os estados que concederem créditos de ICMS para produtores e distribuidores de etanol (R$ 3,8 bilhões).
A PEC destina ainda recursos para reforçar o programa Alimenta Brasil (R$ 500 milhões), que compra alimentos de agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, povos indígenas e demais populações tradicionais para distribuí-los a famílias de baixa renda.
Redação com Agência Câmara de Notícias
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