Segundo Humberto Pires, diretor geral do Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma), seja por conta própria ou por indicação, o simples ato de tomar remédios sem recomendação médica pode ser mais prejudicial à saúde do que se imagina. “Todo medicamento tem que ser administrado com intuito de combater a doença primária que levou ao sintoma. Se o medicamento é tomado apenas para combater o que se está sentindo, o paciente pode até melhorar temporariamente e a patologia continuar no organismo, agravando-se. Conclui-se então que todo medicamento idealmente deve ser administrado após uma avaliação médica adequada”, afirmou.
Ajuda profissional – O médico ressalta também a importância do paciente procurar um profissional qualificado aos primeiros sinais de alterações na saúde, evitando assim tomar qualquer remédio sem recomendação de um especialista.
De acordo com Humberto Pires, os perigos da automedicação vão além do agravamento da doença, já que o uso inadequado de medicamentos pode causar até mesmo a morte, por diversos motivos, entre eles por intoxicação, por tomar uma dose bem maior que o organismo necessita.
“A prática da automedicação deve ser combatida por todos e para isso os profissionais da área da saúde devem orientar os pacientes e os seus familiares no sentido de evitar os abusos dos medicamentos, além do estímulo a fiscalização apropriada, sempre visando o bem-estar do paciente e o desenvolvimento de um tratamento correto e humanizado. Procure o médico e realize uma consulta, assim, o médico prescreverá o medicamento certo e a forma correta para você. Após a consulta médica, procure o seu farmacêutico para que ele te oriente também, sobre forma correta de uso, com o que você não deve tomar o medicamento, horários e os riscos sobre o abuso deste medicamento”, complementa o profissional.
Serviço – Em casos de intoxicação, principalmente em casos mais graves, o cidadão pode procurar os serviços nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), ou contar com o serviço do Samu-192, que poderá ser acionado. Em casos mais leves ou menos graves, esse atendimento é ofertado na rede de Atenção Básica através das Unidades de Saúde da Família (USFs) distribuídas nos bairros da Capital.
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